Bragança tem 16 prédios tombados, nenhum pelo IPHAN
Bragança é uma cidade histórica. E em meio a esta verdade, a maior parte dos prédios está se perdendo no meio do caminho por falta de investimentos.
Das dezenas de prédios com valores históricos muitos estão decadentes, a exemplo do prédio do Vice-Consulado de Portugal e do palacete Augusto Corrêa, no centro da cidade.
Como forma de buscar incentivos, o município de Bragança em 2009 entrou num programa coordenado pelo Ministério da Cultura conhecido por PAC Cidades Históricas.
Na época a arquiteta Nazaré Freitas, então secretária de planejamento, fez parte do processo de inserção de Bragança no programa. Ela explica como isso ocorreu.
Por conta deste compromisso com o programa os prédios estão em situações precárias. Muitos em situação de risco de desabamento.
São prédios privados e públicos que para serem mantidos precisariam de um trabalho que exige conhecimento técnico e grandes investimentos. Por isso foram tombados, com a ideia de que receberiam incentivos públicos-privados, o que na prática, pouco se vê isso, ou falta de conhecimento ou falta de interesse.
Neste contexto existem três tipos de tombamentos: o da União (de responsabilidade do IPHAN), o do Estado e o do Município.
Até então muitos bragantinos achavam que no município existiam prédios tombados pelo IPHAN, mas na verdade isto não ocorre. Existe sim prédios tombados pelo Estado a exemplo da Residência dos Medeiros, e outros prédios tombados pelo município.
Até então, dois prédios históricos de Bragança já eram tombados pelo governo do Estado. Sendo eles a Igreja de São Benedito e a Residência dos Medeiros.
A nível municipal são 14, a maioria privado a exemplo do Vice-Consulado de Portugal, e apenas 5 públicos, que são: a Casa da 13 Janelas, o Palacete Augusto Corrêa, o Coreto e o Mercado da Carne.
O que resta ao município sobre o prédio do Vice-Consulado, em evidência pelo real risco de desabamento?