Manifestação pede justiça por Jairo Sousa
Era por volta de 8h da manhã desta terça-feira, 03, quando familiares e amigos de Jairo Sousa começaram a se concentrar em frente ao prédio da Rádio Pérola, local de trabalho do radialista e também aonde ele foi executado na manhã do dia 21 de maio. O pedido de justiça e celeridade no processo investigativo era o desejo dos manifestantes: quem matou Jairo?
Os cartazes ilustravam bem isso. Os desejos por justiça e solução do caso estavam estampados nos cartazes.
Para Jaiane Carvalho, filha de Jairo Sousa, o movimento pacífico deixa claro a insatisfação pela morosidade das investigações.
O jornalista João Santa Brígida participou do ato inicial e se manifestou contra qualquer ato de censura à imprensa, principalmente quando ela ocorre pela fatalidade.
Para a maioria das pessoas há o entendimento que o atentado contra o radialista foi um ato político. Tanto que diversos políticos também participaram do evento como forma de solidariedade.
Depois de percorrer diversas ruas do centro de Bragança, a passeata teve paradas pontuas a exemplo do Fórum da cidade e da Unidade Integrada de Polícias de Bragança.
Logo após seguiu para o Ministério Público aonde também se manifestaram.
A comissão de frente das manifestações disse que continuará se posicionando, manifestando e cobrando das autoridades policiais resposta sobre a morte do Radialista Jairo Sousa.
Jairo Sousa denunciava a corrupção e, principalmente, batia de frente com políticos e empresários envolvidos em atos criminosos. Dada a sua coragem, além das ameaças que sofria, combatia com firmeza e convicção suas denúncias, até ser morto de forma cruel e covarde, enquanto chegava em seu ambiente de trabalho, com dois tiros pelas costas.
Na próxima quinta-feira, 05, uma equipe da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) deve chegar ao município para acompanhar a apuração do crime.
Pela relevância do caso é possível que os envolvidos na morte de Jairo Sousa estejam com dias contados, e a qualquer momento podem ser presos.