Caminhada protesta contra o Feminicídio em Bragança
Há quase um ano a universitária Silvane da Silva perdeu a prima porque recusava se juntar com o namorado. Não aceitando a imposição foi morta cruelmente, em novembro de 2017, na comunidade de Tamatateua.
Para combater este tipo de crime, que vitima as mulheres em dados extremos, ela se juntou em um manifesto ocorrido na manhã desta quarta-feira, 15.
A manifestação iniciou na praça Rosa Blanco, na Aldeia, e percorreu algumas ruas da cidade. Com faixas e caras pintadas, o pequeno grupo deu o recado.
O número de mulheres mortas em razão de seu gênero no país é incerto, mas estimativas do Mapa da Violência apontam que sete mulheres são mortas todos os dias vitimadas pelo feminicídio.
Segundo reportagem da Carta Capital do dia 21 de junho de 2018, “ao fim do ano passado, um total de 10.786 processos de feminicídio – assassinatos de mulheres em função do gênero – aguardavam julgamento nos tribunais estaduais de Justiça do Brasil. O dado é de um levantamento do Conselho Nacional de Justiça”. A reportagem ainda diz que “O ano de 2017 terminou com 10,7 mil processos de feminicídio sem solução da Justiça", destaca o relatório. O número é mais do que o dobro do registrado em 2016, que foi de 5.173.”
São estes números alarmantes e de impunidade que tem motivado cada vez mais mobilizações como esta pelas ruas do país.
O crime contra as mulheres acontece em todos os lugares, inclusive dentro da escola, como afirma a estudante Rayane Carolina.
A professora Cristiana Amorim alerta para a violência dentro de casa, principalmente envolvendo o público infantil.
Na manifestação o público foi pequeno. A universitária Bianca diz que a luta não pode se limitar as redes sociais.
Poucos homens participaram do ato, como é o caso de Benedito Ribeiro, o “Bené da UFPA”. Ele entende que participar é preciso.
O que leva o homem a cometer tal crime? A psicóloga Adiele Lopes associa a cultura machista.
O movimento contra o feminicídio em Bragança encerrou na praça do Coreto.
