Empresa dispensa operários e fica devendo mais de R$ 31mil
No local funcionará o Centro de Referência de Assistência Social – o Cras, no bairro da Vila Sinhá.
O valor da obra é de R$ 312,078,84, foi iniciada em julho deste ano, com prazo de finalização de 10 meses, mas está parada há 15 dias e os funcionários foram dispensados sem receber devidamente.
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Dos 11 operários que tomavam a obra, 05 são de Belém, inclusive o mestre de obra Alberique Guerreiro. Os demais são do município de Bragança.
A empresa licitada é a S & V Construções Residenciais Industriais Comerciais e de Serviço LTDA, que até ontem ainda esteve no local da obra distribuindo vales a alguns funcionários antes de dispensa-los, isso sem estimar prazo para o restante do pagamento.
Mas o vale, de no máximo R$ 200,00, pago para cada funcionário, é considerado irrisório diante do saldo devedor. Além disso, os únicos que receberam foram os funcionários da capital. O mestre de obra Alberique Guerreiro relata que o problema começou lá no início.
A justificava da empresa aos operários é a falta de dinheiro.
O problema que começou lá no início só foi se agravando. Atualmente o mestre de obras está há 3 quinzenas sem pagar seus trabalhadores. E dispensado, nem tem como retornar a sua casa, antes de resolver sua situação.
A S & V Construções deve a Alberique mais de R$ 5 mil, somando a quinzena de obras paradas.
Alberique e os outros funcionários de Belém estavam hospedado pela S & V Construções em uma casa próxima a obra. Ainda nesta quinta-feira, 27, o imóvel foi devolvido ao dono pela licitada, e os operários não tem aonde ficar.
A alimentação dos funcionários era terceirizada. A fornecedora está sem receber, o débito da S & V Construções passa dos R$ 8 mil. Clemilda Duarte, responsável pelo fornecimento de alimentação, não tem a quem recorrer, pois segundo ela, o responsável da empresa não lhe dá satisfação.
Segundo os operários, o responsável pela empresa se chama Cleilson. Conseguimos o contato dele e ligamos para seu número. Através da ligação Cleilson disse que entende que é comum os operários procurarem a imprensa, e alega que a falta de pagamento acontece porque a Caixa Econômica não está repassando o recurso.
Mas quem fez a contratação com a empresa foi prefeitura e a responsabilidade de repassar o recurso é o executivo.
Perguntei se tinha prazo para que os pagamentos pudessem ser feitos, mas Cleilson não soube responder.
A obra é fruto do Fundo Municipal de Assistência Social. Por conta disso, entramos em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, que informou que a órgão está fazendo um levantamento da real situação e que deve interferir em defesa dos trabalhadores.
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O débito da empresa com seus operários e fornecedores é de mais de R$ 31 mil, até o dia 15 de setembro. O valor ainda será atualizado contando com os últimos 15 dias quando os trabalhadores, principalmente de Belém, aguardavam por serviço.